domingo, 28 de agosto de 2011

O Salto


Quando beirava o estado de indigência moral
tomei um impulso fantástico,
e meu corpo, então elástico e felino, fez o resto
cobrindo a distancia, já respeitável,
entre o cais do caos e o barco da vida;
minha figura frágil, percorreu o trajeto
de modo perfeito, quase elegante
e aterrissou no meio fio, na beirada,
junto ao precipício de lama,
vários braços solícitos apressaram-se em ajudar,
livrando-me do risco de ser atingido pelas lâminas desonrosas
da decadencia, da humilhação, da sarjeta.

Um comentário:

♥ Jackie ♥ disse...

Oi meu poeta preferido! adoro vir aki. bjs